“Quando a vida não te pertence – Tentativa falhada” (Texto 25 de 35)
Ainda naquele início de noite, mal Vera se afastou, Duarte troca breves palavras com um amigo de Lisboa, entra no carro e segue nessa mesma direção.
Ao
chegar a Lisboa, consultou um amigo de infância, que de pirata informático acabou
por terminar recrutado pela polícia judiciária.
-
Nascimento, tu estás a arranjar-me problemas. Que merda é esta? Isto nem parece
teu, caralho.
Duarte
assentiu com a cabeça.
-
Ajuda-me.
O
amigo calçou luvas, ligou o portátil de Rodrigo e começou a trabalhar em
silêncio enquanto Duarte dava voltas à sala a lutar contra o sono, acabou por
sentar-se no sofá e dormitar por algumas horas.
-
Nada, gajo. Não encontro nada, é o laptop daquele tipo de pessoa que não
faz absolutamente nada de errado, ou daquele tipo de pessoa que tem demasiado a
esconder e nesse ponto não estará ao meu nível.
-
No caminho para cá cheguei à fala com a cunhada e por esta apanhei também a
irmã, ambas estiveram no telhado, mas há muitas pontas soltas, nada faz sentido.
Rosa só podia estar a mentir quando me disse que Rodrigo estava a pressionar o
marido a emprestar-lhe dinheiro, quando eles têm um filho pequeno e muitas
despesas.
-
Todas as famílias têm problemas, Duarte.
-
Não estás a entender, na casa dele, entre o que encontrei nas malas e num envelope
que estava á vista, não faltava dinheiro.
-Queres
ficar cá a dormir? Posso fazer-te cama no sofá, não me pareces em condições de
voltar para baixo.
Acena
negativamente com a cabeça.
-
Não tenho escolha. Para mais amanhã logo pela manhã quero ter uma conversa com
a mana e com o mano e quem sabe novamente com a cunhada.
-
Que história demoníaca. Tu não tens juízo nenhum, ainda és suspenso à conta
disto. O que é que pensas fazer?
-
Levar o computador e colocá-lo do sítio antes que alguém se aperceba da minha
paragem cerebral.
Ao Duarte não falta a vontade de descobrir o que se passou com o amigo. A ver vamos se quem assassinou o Rodrigo o deixa chegar ao fim ou não acaba com ele antes.
ResponderEliminarAbraço e saúde
(sorrisos) Gostei da possibilidade...
EliminarObrigado, espero que esteja bem, abraço e boa semana
A tenacidade de Duarte é de louvar. Mesmo com a morte do amigo resolvida pelo
ResponderEliminarrelatório do médico legista, ele insiste em tentar atar as pontas que ele crê soltas.
E a família do Rodrigo não ajuda nada, cada um dos elementos a omitir ou a esconder
dados que seriam cruciais para a resolução desse imbróglio.
Tem tudo nas suas mãos, caro João. Penso que os nossos comentários não fazem
mais do que complicar tudo ainda mais :)
Bom resto de semana.
Abraço
Olinda
(sorrisos)
EliminarPor acaso, os vossos comentários demonstram muita das vezes que teriam existido caminhos deveras interessantes por explorar e isso é também um dos aspetos que eu valorizo tanto neste nosso “diálogo”.
Obrigado, abraço e boa semana
Duarte continua empenhadíssimo em descobrir o mistério da morte ou assassinato de Rodrigo, mas ... vamos aguardar pelo desenrolar da situação.
ResponderEliminarParagem cerebral?
A linguagem em alguns capítulos é nitidamente masculina. Os homens até têm um linguarejar próprio, para além de outras particularidades. É a sociedade que ainda temos.
Um dia feliz.
Eu tentei pelo menos… (a tal tentativa que já referi anteriormente dos diálogos não me parecerem todos iguais apesar dos personagens. De um personagem, qual pessoa viva, espera-se uma vivência, uma bagagem própria, defeitos e virtudes e de certa forma uma forma de falar e pensar muito sua e esse é outro dos grandes desafios.
EliminarDependendo do meio e colocando à parte (por desconhecimento) as gerações mais recentes, para mim pelo menos, em determinados meios e sem a presença de uma mulher (a menos que se esteja no norte do país) há uma linguagem e uma postura (ou várias) distintas e que não têm necessariamente uma conotação negativa, mas sim, que pode chocar pelo excesso de “descontração”.
Obrigado, Céu, um beijo e boa semana
Quem procura, acha. Duarte irá desvendar o mistério, para nós leitores.
ResponderEliminarBoa noite, João
Isso ou acabar com um processo em cima... (sorrisos)
EliminarUm beijinho para ti
O detective Duarte não se cansa. Será que vai descobrir algo?
ResponderEliminarTanto texto depois, não sei se terá essa sorte (sorrisos) Abraço e boa semana
EliminarMeu querido criador de suspense , autor excelente, que está conseguindo uma proeza comigo: manter-me interessada nessa série excelente. Sou apaixonada por livros e leio muito, mas na Internet , não tenho paciência. E tu estás me prendendo prazeirosamente por aqui. O Duarte também. Torço por ele. Apesar de não ter comentado nas postagens anteriores eu as li todas. Ansiosa pra saber os próximos passos do meu "herói " . Suas palavras lá no meu blog me deixou toda feliz. Beijo pra ti.
ResponderEliminarEntendo bem, para mim, nada vence um livro com folhas de papel. O online talvez seja mais apelativo para os mais jovens.
EliminarMuito obrigado pela simpatia, agradeço a presença dos resistentes nesta minha maratona de textos.
Um beijo e uma semana inspirada
O Duarte está mesmo decidido a descobrir o que realmente aconteceu, embora não esteja a ser nada fácil.
ResponderEliminarBeijinhos
(sorrisos) Obrigado, beijinhos e boa semana
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