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“Natureza, disse ele”

  Desafio 5 — O Espaço Que Respira Enunciado: Escreve um texto (até 350 palavras) onde o cenário não é apenas o pano de fundo, mas um protagonista subtil. Pode ser uma cidade, uma casa, um quarto, uma praia — o lugar deve ter “vontade própria” e moldar a história, ou mesmo o destino da personagem. Objetivo técnico: Explorar a personificação do espaço e usá-lo como força narrativa. O lugar deve ter impacto emocional ou simbólico, como se fosse um espelho da personagem — ou o seu contrário.   “Natureza, disse ele” Os primeiros raios de sol ainda mal tinham beijado os ramos e folhas das árvores e já nós na estrada. Era sempre assim… com a minha mãe ao volante, havia sempre momentos de troça e divertimento, não por causa da condução, mas pelo muito que o meu pai se queixava do caminho… O humor, esse, só resultava porque ela lhe dava resposta, “foi o que te pareceu nos sonhos que tiveste?”. Hoje, adulto, recordo-me com curiosidade que o meu pai nunca dormia num carr...

Desafio 1 – “O Retorno”:

    Desafio 1 – “O Retorno”: Escreve um texto, poema ou pequeno conto, onde a personagem principal (podes ser tu, podes ser outra pessoa) volta a encontrar a sua antiga paixão ou talento (pode ser a escrita, mas pode ser outra coisa). Conta como foi esse reencontro — que sentimentos despertou, que obstáculos teve de ultrapassar, que mudança gerou na sua vida. Pode ter um tom realista, poético, até metafórico. Limite: 500 palavras.   O gira-disco fazia Diana Krall dançar na escuridão (dancing in the dark). Com uma chávena de chá preto na mão, Maria desloca-se até ao cadeirão do escritório, próximo da pequena lareira que já crepitava um fogo tímido. Passa pelas estantes com livros, que forram a parede lateral e ainda deita um olhar de interesse, mas à semelhança da última década, nada lhe parece tentar. Olha para o computador antes de se decidir sentar, hesita, mas resolve o ligar. As janelas estavam abertas e o sol começa a despedir-se até ao dia seguinte. A bris...

Novidades e novo DESAFIO

“Quando a vida não te pertence” será o primeiro conto a ser apresentado no “ Páginas Soltas ” e vai ser publicado às segundas, quartas e sextas, com início já na próxima segunda-feira.   Posso adiantar que houve alguns avanços e recuos (sorrisos), o primeiro texto acabou por ser redesenhado na integra, o personagem que era para ser o principal acabou a dada altura por perder o protagonismo e o caminho originalmente pensado sofreu uma acentuada inversão de marcha… E dito isto, espero que gostem…   Quero ainda aproveitar para lançar um novo DESAFIO:   Quem me conhece sabe que gosto de “ Palavras Paralelas ”, um exercício de escrita que se propõe a criar um conto com base em frases extraídas de poemas de um blogue amigo.   Agora, com a vossa ajuda, gostaria de tentar criar um conto a várias vozes. E como é que isso pode acontecer?   Eu deixo três temas e quem quiser participar envia-me para o email: paginas.soltas.pt@gmail.com uma única f...

“Dou-te quase tudo”

  Quero agradecer à NoName e à Fê Blue Bird por terem participado na rubrica “ Dou-te quase tudo ”. Podem encontrar a participação de ambas nos links de cada um dos nomes. E atendendo ao próprio tema do exercício, quero agradecer a ambas pela amizade, pela “paciência” que têm (sorrisos) e por fazerem parte deste meu pequeno mundo. Um beijinho Quero agradecer também à Chica e à Roselia , cada uma com o seu final, numa celebração ao amor e à vida. O meu obrigado e um sentido abraço

"Dou-te quase tudo" - Que nunca nos falte o amor

  Todos os dias, pela manhã, aos primeiros raios de luz, salta da cama, deixando a dormir o próprio despertador e Margarida, ela, bem enrolada ao édredon, bela como a vida, cabelos desgrenhados e a expressão tranquila de quem sonha com um mundo pleno de cor. Dezembro parece querer publicitar a chegada de mais um Inverno, húmido, cinzento e frio, com chuviscos e dias escuros. Numa rotina, quase perfeita, coloca o pão a descongelar no micro-ondas, espreme laranjas, prepara uma manga, deixa na mesa o queijo, a manteiga e o fiambre de frango, enquanto toma o seu primeiro café, não sem antes ligar o aquecimento da casa de banho. Estende a roupa deixada na máquina na noite anterior, abre as portadas da sala e deita um olhar de relance à lareira, ao sentir uma agradável sensação de conforto térmico, ainda fruto do crepitar passado. Leva o cão à rua, sente o ar gélido, faz uma careta e solta-o no jardim, em frente ao condomínio, enquanto aperta o cachecol e dá ordem para que se despa...

“Dou-te quase tudo”

“Dou-te quase tudo” não é mais do que a tentativa de lançar uma nova rubrica, vamos lá ver se “pega” (sorrisos). Assim, eu ofereço os primeiros parágrafos de um texto e o final desse texto deverá ser concluído e publicado, nos vossos blogues, pelo que têm a “quase” mais absoluta liberdade criativa, com a exceção da parte inicial que vos será oferecida. Ainda estou a acabar o novo conto, pelo que desta vez ainda será com base num texto antigo meu, passarei a publicar na integra na próxima segunda-feira. Um fim-de-semana inspirado, é o que vos desejo.   Desafio “Dou-te quase tudo” (Primeiros parágrafos de um texto a desenvolver):   “ Todos os dias, pela manhã, aos primeiros raios de luz, salta da cama, deixando a dormir o próprio despertador e Margarida, ela, bem enrolada ao édredon, bela como a vida, cabelos desgrenhados e a expressão tranquila de quem sonha com um mundo pleno de cor. Fevereiro parece querer publicitar um Inverno sem fim, húmido, cinzento e fri...

“Palavras Paralelas”

Ela suspira profundamente, num daqueles momentos em que se olha para trás e já não somos capazes de reconhecer a pessoa que fomos, ou aquela que teríamos gostado de vir a ser, confrontados com a realidade transformada em vida. Conhecem o sentimento? Lá fora, o céu, adornado com vestes em tons de um azul luminoso e celestial, deixa a descoberto grandes castelos brancos a encobrir o sol, com focos de luz a romper e a eternizar o momento. A viatura avança lentamente pela estrada estreita a acompanhar um horizonte desenhado por vales verdejantes e idílicos, vigiados de perto pelas grandes montanhas, companheiras de uma existência. Pelo espelho retrovisor vê um coelho a atravessar, no momento imediatamente posterior à passagem do carro, um pouco mais à frente, uma águia atenta, sobrevoa o pequeno riacho, não assim tão distante da barragem. Ao chegar à ponte de pedra, abranda e acaba por decidir parar o veículo num estacionamento lateral, com uma vista de deslumbre sobre as montanhas e a flo...

“Uma Imagem por um Texto”

“Uma Imagem por um Texto”   É o regresso de uma rubrica já conhecida de quem me conhece e que para mim representa um pouco o espírito de partilha que se vive neste nosso pequeno canto da blogosfera. Assim, volto a lançar, a título de desafio, aos amigos e a quem me visita, escolher participar e enviar-me uma imagem, fotografia ou pintura à escolha, para o e-mail paginas.soltas.pt@gmail.com , com a minha promessa, de posteriormente, a tentar usar como inspiração num pequeno conto. Ontem, a título de exemplo, publiquei o conto inspirado pela imagem que a Elvira me enviou e fico agora a aguardar pela vossa participação. Uma semana antes de publicar o conto, a imagem será publicada para que quem quiser me acompanhar neste desafio tenha tempo de escrever o seu texto e o publicar nos respetivos blogs.   O meu obrigado e votos de boa semana.

"Uma Imagem por um Texto"

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Pensar em nada, absolutamente nada, por um pequeno momento que seja, tão-só frações de segundo e deixo-me assim deslumbrar pela aparatosa explosão das ondas, numa dança viva da maré, com o branco da espuma a evidenciar-se e a atingir a areia numa perfeita sinfonia, colorida pelo profundo azul do mar e dos céus a revestirem todo um horizonte. Encandeado por um resplandecente sol de abril inesperadamente adverso, viro-me para o mar como que a contemplar o mais belo dos espetáculos e meto as mãos nos bolsos, por forma a encurtar o ar gélido que se faz sentir, apenas eu, o meu sol, o meu mar, a minha praia, no emotivo silêncio dos meus pensamentos. Solto a mente das amarras a que estava adstrita e deixo-a deambular. Pergunto-me quantas vezes terei eu já estado naquele mesmo local, fosse a expurgar males da alma, libertar fantasmas, deixar partir entes queridos ou mesmo tão-só a alimentar o mais profundo do meu ser, sabendo não ter a resposta, nem sequer em números meramente aproximad...