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A mostrar mensagens de fevereiro, 2022

“Quando a vida não te pertence: Um dia a vela apaga-se” (Texto 1 de 35)

  Parece haver algo de espiritual numa vela que arde, traduzida numa luz, num guia para o plano celestial, ou tão só num simples conforto, um desejo a ser pedido, uma mensagem a ser enviada a um qualquer ente querido a desejar que esteja bem. Por vezes tentamos ser ouvidos por Deus, pelos Santos, pelos anjos, por quem quer que queira e possa ouvir as nossas preces. Por monólogos, orações ou silenciosos pensamentos, fazemos todo o tipo de pedidos. Faz-se porque se acredita. Faz-se porque se quer acreditar. Faz-se porque nos recusamos a acreditar que a morte é um ponto final. “No fim do dia, o que seria do ser humano se não tivesse uma ponta de fé?” Ela fez por acendê-la e centrar-se apenas em pensamentos puros. “Estiveste tão sozinho em vida, que a morte te traga, senão felicidade, algum alívio que seja”. Pensou no dia em que o tinha visto pela primeira vez, primeiro ao cruzarem-se num dos corredores da empresa e mais tarde na apresentação oficial. - O Rodrigo Lobo era a e...

Novidades e novo DESAFIO

“Quando a vida não te pertence” será o primeiro conto a ser apresentado no “ Páginas Soltas ” e vai ser publicado às segundas, quartas e sextas, com início já na próxima segunda-feira.   Posso adiantar que houve alguns avanços e recuos (sorrisos), o primeiro texto acabou por ser redesenhado na integra, o personagem que era para ser o principal acabou a dada altura por perder o protagonismo e o caminho originalmente pensado sofreu uma acentuada inversão de marcha… E dito isto, espero que gostem…   Quero ainda aproveitar para lançar um novo DESAFIO:   Quem me conhece sabe que gosto de “ Palavras Paralelas ”, um exercício de escrita que se propõe a criar um conto com base em frases extraídas de poemas de um blogue amigo.   Agora, com a vossa ajuda, gostaria de tentar criar um conto a várias vozes. E como é que isso pode acontecer?   Eu deixo três temas e quem quiser participar envia-me para o email: paginas.soltas.pt@gmail.com uma única f...

“Dou-te quase tudo”

  Quero agradecer à NoName e à Fê Blue Bird por terem participado na rubrica “ Dou-te quase tudo ”. Podem encontrar a participação de ambas nos links de cada um dos nomes. E atendendo ao próprio tema do exercício, quero agradecer a ambas pela amizade, pela “paciência” que têm (sorrisos) e por fazerem parte deste meu pequeno mundo. Um beijinho Quero agradecer também à Chica e à Roselia , cada uma com o seu final, numa celebração ao amor e à vida. O meu obrigado e um sentido abraço

"Dou-te quase tudo" - Que nunca nos falte o amor

  Todos os dias, pela manhã, aos primeiros raios de luz, salta da cama, deixando a dormir o próprio despertador e Margarida, ela, bem enrolada ao édredon, bela como a vida, cabelos desgrenhados e a expressão tranquila de quem sonha com um mundo pleno de cor. Dezembro parece querer publicitar a chegada de mais um Inverno, húmido, cinzento e frio, com chuviscos e dias escuros. Numa rotina, quase perfeita, coloca o pão a descongelar no micro-ondas, espreme laranjas, prepara uma manga, deixa na mesa o queijo, a manteiga e o fiambre de frango, enquanto toma o seu primeiro café, não sem antes ligar o aquecimento da casa de banho. Estende a roupa deixada na máquina na noite anterior, abre as portadas da sala e deita um olhar de relance à lareira, ao sentir uma agradável sensação de conforto térmico, ainda fruto do crepitar passado. Leva o cão à rua, sente o ar gélido, faz uma careta e solta-o no jardim, em frente ao condomínio, enquanto aperta o cachecol e dá ordem para que se despa...

“Dou-te quase tudo”

“Dou-te quase tudo” não é mais do que a tentativa de lançar uma nova rubrica, vamos lá ver se “pega” (sorrisos). Assim, eu ofereço os primeiros parágrafos de um texto e o final desse texto deverá ser concluído e publicado, nos vossos blogues, pelo que têm a “quase” mais absoluta liberdade criativa, com a exceção da parte inicial que vos será oferecida. Ainda estou a acabar o novo conto, pelo que desta vez ainda será com base num texto antigo meu, passarei a publicar na integra na próxima segunda-feira. Um fim-de-semana inspirado, é o que vos desejo.   Desafio “Dou-te quase tudo” (Primeiros parágrafos de um texto a desenvolver):   “ Todos os dias, pela manhã, aos primeiros raios de luz, salta da cama, deixando a dormir o próprio despertador e Margarida, ela, bem enrolada ao édredon, bela como a vida, cabelos desgrenhados e a expressão tranquila de quem sonha com um mundo pleno de cor. Fevereiro parece querer publicitar um Inverno sem fim, húmido, cinzento e fri...

“Palavras Paralelas”

Ela suspira profundamente, num daqueles momentos em que se olha para trás e já não somos capazes de reconhecer a pessoa que fomos, ou aquela que teríamos gostado de vir a ser, confrontados com a realidade transformada em vida. Conhecem o sentimento? Lá fora, o céu, adornado com vestes em tons de um azul luminoso e celestial, deixa a descoberto grandes castelos brancos a encobrir o sol, com focos de luz a romper e a eternizar o momento. A viatura avança lentamente pela estrada estreita a acompanhar um horizonte desenhado por vales verdejantes e idílicos, vigiados de perto pelas grandes montanhas, companheiras de uma existência. Pelo espelho retrovisor vê um coelho a atravessar, no momento imediatamente posterior à passagem do carro, um pouco mais à frente, uma águia atenta, sobrevoa o pequeno riacho, não assim tão distante da barragem. Ao chegar à ponte de pedra, abranda e acaba por decidir parar o veículo num estacionamento lateral, com uma vista de deslumbre sobre as montanhas e a flo...

"Renascer" - Terceiro livro de Elvira Carvalho

Muito certamente já por lá passaram ( Sexta-feira ), mas é uma pessoa que me diz muito, pela escrita, pela criatividade, pela resiliência, por entender as minhas “dificuldades” em escrever contos neste nosso mundo de poesia (sorrisos) Elvira , é um orgulho, um beijinho para si

“Uma Imagem por um Texto”

“Uma Imagem por um Texto”   É o regresso de uma rubrica já conhecida de quem me conhece e que para mim representa um pouco o espírito de partilha que se vive neste nosso pequeno canto da blogosfera. Assim, volto a lançar, a título de desafio, aos amigos e a quem me visita, escolher participar e enviar-me uma imagem, fotografia ou pintura à escolha, para o e-mail paginas.soltas.pt@gmail.com , com a minha promessa, de posteriormente, a tentar usar como inspiração num pequeno conto. Ontem, a título de exemplo, publiquei o conto inspirado pela imagem que a Elvira me enviou e fico agora a aguardar pela vossa participação. Uma semana antes de publicar o conto, a imagem será publicada para que quem quiser me acompanhar neste desafio tenha tempo de escrever o seu texto e o publicar nos respetivos blogs.   O meu obrigado e votos de boa semana.

"Uma Imagem por um Texto"

Imagem
Pensar em nada, absolutamente nada, por um pequeno momento que seja, tão-só frações de segundo e deixo-me assim deslumbrar pela aparatosa explosão das ondas, numa dança viva da maré, com o branco da espuma a evidenciar-se e a atingir a areia numa perfeita sinfonia, colorida pelo profundo azul do mar e dos céus a revestirem todo um horizonte. Encandeado por um resplandecente sol de abril inesperadamente adverso, viro-me para o mar como que a contemplar o mais belo dos espetáculos e meto as mãos nos bolsos, por forma a encurtar o ar gélido que se faz sentir, apenas eu, o meu sol, o meu mar, a minha praia, no emotivo silêncio dos meus pensamentos. Solto a mente das amarras a que estava adstrita e deixo-a deambular. Pergunto-me quantas vezes terei eu já estado naquele mesmo local, fosse a expurgar males da alma, libertar fantasmas, deixar partir entes queridos ou mesmo tão-só a alimentar o mais profundo do meu ser, sabendo não ter a resposta, nem sequer em números meramente aproximad...

Regresso a casa

  O meu gosto pela escrita recua, muito provavelmente, a uma juventude há muito vivida, espero, no entanto, que este recomeço me presenteie com uma inspiração renovada. No meu primeiro blogue, “Os quatro elementos”, fiz nascer o pseudónimo “ Sam Seaborn ” em julho de 2008, inspirado num personagem de ficção de uma série norte americana, a “ West Wing ”. Ele, o personagem, o Sam, vivia da escrita e penso, que já nessa altura, era tudo o que eu queria fazer. Escrevi, tentei, mas a verdade é que não tinha encontrado o meu “Santo Graal ” e desisti. Ou, assim eu pensava. Até que, num momento de impulso, em 14 de fevereiro de 2019, o último dos bons e grandes anos, algo em mim gritou mais forte, um sentir, uma necessidade interior, como que a exigir que voltasse à escrita. Nasceu o blogue “Copo meio cheio”. Acontece que, na escrita, como na vida, temos que nos procurar a nós mesmos, temos de nos encontrar, e, não sem alguma surpresa, foi no blogue “copo meio cheio” que penso ...