“Quando a vida não te pertence – Da cumplicidade ao amor, da união à separação, Parte II” (Texto 33 de 35)
Caminharam pela noite dentro, sem rumo certo e ela claramente perturbada e de voz trémula repetiu-lhe teimosamente: - Tem a certeza de que ele tenha sido assassinado? Tem provas disso? Quem são essas testemunhas? - Há fortes indícios, sim, infelizmente, como deve compreender, não lhe posso revelar. - Nos últimos dois anos, eu e o Rodrigo tivemos um relacionamento, que acabou por não resultar, mas ficámos amigos. Por isso, sim, essa parte é verdadeira. Não o assumimos porque não podíamos ser vistos juntos. - Como assim? - Eu não tenho provas do que lhe vou dizer a seguir, mas é muito provável que alguém tenha elementos que nos incriminem nos acontecimentos que levaram à insolvência da cadeia de hotéis. Duarte permaneceu em silêncio e deixou-a falar. - Fomos contratados pelo acionista maioritário para esconder a origem ilícita de determinados ativos financeiros e bens patrimoniais. O verdadeiro esquema, a auditoria nem sequer descobriu. Eu executei, mas foi o Rodrig...